terça-feira, 29 de junho de 2010

GUIA DO ENTREVISTADO

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Faculdade: vale a pena escolher curso para manter o emprego?

Por: Gladys Ferraz Magalhães - InfoMoney

Por necessidade ou em busca de independência financeira, é cada vez mais comum encontrar jovens recém-formados ou ainda cursando o Ensino Médio no mercado de trabalho. Por conta disso, não raro, muitos desses jovens acabam escolhendo o curso de graduação pensando em manter ou crescer no emprego atual, mas será que vale a pena?
De acordo com especialistas, antes de tomar qualquer decisão, o candidato deve pensar se realmente gosta daquilo que faz atualmente e se consegue se ver naquele ramo de atuação futuramente. Caso contrário, alertam, a pessoa pode tornar-se um profissional frustrado.
“Irá valer a pena se o indivíduo realmente se vê naquele ramo de atuação, seguindo aquela carreira. Ou seja, se está de acordo com seu perfil e com o que ele quer para o seu futuro a longo prazo”, observa a consultora de RH (Recursos Humanos) do Grupo Soma, Juliana Saldanha de Castro.
A orientadora educacional do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola), Idamar Carpinelli, concorda, mas acrescenta outra visão: “Se o problema for financeiro, talvez, valha a pena a pessoa utilizar essa experiência para criar novas oportunidades futuramente”.
Antes de escolher, que atitudes tomar?
Ainda segundo as especialistas, antes da escolha, também vale a pena conversar com os superiores no emprego atual. Contudo, na opinião de Idamar, esta não deve ser a única fonte de informação do profissional: feiras de curso e orientação vocacional, por serem imparciais, também podem dar um bom auxílio.
Além disso, independentemente da pessoa já trabalhar ou não, na hora de optar por uma carreira, ela deve considerar o seu perfil, as habilidades que quer desenvolver, as matérias que irá estudar e quais as possibilidades de atuação daquela carreira.
“A pessoa não deve escolher pensando somente no salário ou na empregabilidade, pois o mercado muda (…) Se for um bom profissional, no geral, ela se destacará na carreira que escolher”, diz Idamar.
Trabalhando e estudando
Por fim, orienta Juliana, passado o período da escolha e chegada a hora de trabalhar e estudar, o novo universitário deve ter disciplina para que nem a faculdade nem o emprego sejam prejudicados, devendo, para isso, administrar o tempo de forma adequada.
“Trabalhar e estudar ao mesmo tempo requer uma habilidade muito grande em saber administrar suas prioridades, pois nenhum dos dois deve ser prejudicado. Muitas vezes, quando estamos trabalhando, deixamos o desempenho acadêmico em segundo plano e isso, a longo prazo, pode ser muito prejudicial, uma vez que o conhecimento deixado de lado naquele momento pode ser fundamental em uma oportunidade futura”.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Seu tempo é curto e sempre escorrega “pelas mãos”?

Fonte: RH.com.br - Patrícia Bispo

Você tem o sentimento de que trabalha, mas as coisas não acontecem? Percebe que o tempo escoa entre suas mãos e se impotente para dominá-lo?Já teve a impressão de que, muitas vezes, não tem controle sobre as horas, suas atividades no trabalho, e que anda a reboque dos fatos? Calma, se essas perguntas se encaixam perfeitamente na sua vida, não entre em desespero. Afinal, milhões de pessoas no mundo enfrentam situações semelhantes, mas conseguem contorná-las, administrá-las.

"O tempo é um conceito subjetivo que depende muito das circunstâncias em que a pessoa está inserida. Se é uma atividade que cause muito alegria ou prazer, uma hora parece que passa muito rapidamente", afirma Ernesto Berg, especialista em administração do tempo e que lançou recentemente o livro "Quem Roubou o Meu Tempo?", pela Editora Juruá. Em entrevista concedida ao RH.com.br, ela apresenta os inimigos e os aliados do tempo, bem como mostra o caminha para que as pessoas possam bem gerir suas horas, seja no campo pessoal ou profissional. Se seu relógio está em um ritmo muito acelerado e ao final do dia, você tem aquela terrível sensação de que não resolveu os assuntos urgentes e amanhã haverá uma "pilha" de pendências para resolver, dê uma parada estratégica para conferir o conteúdo dessa entrevista. Asseguro que não será perda de tempo. Boa leitura!

RH.com.br - Com um cotidiano cada vez mais agitado, as pessoas têm uma sensação de que o tempo "encurtou" e que mesmo permanecendo acordadas 24 horas, não realizam o que desejam. O que está ocorrendo com o ser humano?

Ernesto Berg - Estamos vivendo na Era da Competição e da globalização. Em função disso as pessoas são levadas a tentar fazer cada vez mais em menos tempo. Acrescente a isso o fato de que as novas tecnologias existentes, como a internet, notebook, celular, palmtop, smartphone entre outros recursos, tornam o ser humano acessível e disponível em qualquer lugar em que esteja obrigando-o a dar respostas a essas demandas, a todo instante. O resultado disso é uma correria desenfreada em direção a alguma coisa que não se sabe muito bem o que é, mas que insere o indivíduo no contexto de uma pressa neurótica, cuja consequência mais visível é um estado de vácuo interno, uma carência de estabilidade psicológica e espiritual.

RH - A definição de tempo torna-se subjetiva, de acordo com as experiências, as responsabilidades e a realidade de cada indivíduo. Para o senhor, o que realmente é o tempo?

Ernesto Berg - Realmente, o tempo é um conceito subjetivo que depende muito das circunstâncias em que a pessoa está inserida. Se é uma atividade que cause muito alegria ou prazer, uma hora parece que passa muito rapidamente. Mas essa mesma hora, passada sob imensa tensão ou pressão, pode dar a impressão de que nunca acaba. Mas, falando sobre o conceito de tempo, pode-se dizer que tempo é vida. Quem ganha tempo ganha vida e quem perde tempo perde vida, pois o melhor indicador de tempo é o que nós efetivamente realizamos e construímos ao longo da nossa existência. Se foi algo de bom, colheremos os bons frutos e se plantamos coisas negativas vamos ter que assumir seus resultados indesejáveis.

RH - A gestão do tempo está ao alcance de todos ou é um privilégio para alguns?

Ernesto Berg - A administração do tempo certamente está ao alcance de toda pessoa que se dispuser a colocar em prática os instrumentos, os processos e as técnicas que a gestão tempo disponibiliza. O resultado disso será um significativo impulso na eficácia e desempenho, não só profissional como também pessoal dos indivíduos que se dispuserem a fazê-lo. Costumo dizer que pessoas eficazes e produtivas são mestres no uso do tempo e sabem muito bem como otimizá-lo. E que pessoas ineficazes e improdutivas são mestres no desperdício do tempo e sabem muito bem como desperdiçá-lo cada vez mais, embora, muitas vezes, não tenham consciência dessa deficiência.

RH - O senhor lançou o livro "Quem Roubou o Meu Tempo". O que o seu trabalho traz de inovador, em relação a outras inúmeras obras que encontramos no mercado?

Ernesto Berg - Conheço inúmeras obras sobre administração do tempo, tanto de autores nacionais como estrangeiros, a maioria delas muito boas. Entretanto, o que diferencia o meu livro de grande parte dos existentes no mercado, é que tentei dar à obra um cunho muito objetivo e eminentemente prático. Cada página tem cerca de uma dúzia de dicas práticas, totalmente aplicáveis no dia a dia do leitor. Agora, a maior inovação, sem dúvida alguma, é o DVD, Gestão Eficaz do Tempo, que acompanha o livro. É uma palestra com 50 minutos de duração que gravei e vem em forma de brinde, sem custo algum para quem adquirir a obra. Em termos mercadológicos é a primeira vez que isso acontece no Brasil e, pelo que pesquisei nos sites internacionais, inclusive dos Estados Unidos e da Europa, é a primeira vez que isso ocorre no mundo, especificamente na área de Administração e Negócios. É algo totalmente inédito, fruto da parceria entre a Editora Juruá, a Dtcom e a minha empresa. O DVD pode ser utilizado em sessões de treinamento, em início de reuniões ou simplesmente para aprimoramento pessoal.

RH - Quando o senhor produziu "Quem Roubou o Meu Tempo", qual foi seu foco?

Ernesto Berg - O foco do livro é tornar as pessoas mais realizadas, atingindo resultados e objetivos através de metodologia apropriada, bem como alavancar a carreira e a profissão do leitor, como também aumentar o desempenho o profissional e pessoal. Além disso, o último capítulo da obra extrapola o âmbito meramente empresarial e dá todas as orientações sobre como estabelecer objetivos para sua vida como um todo seja no âmbito familiar, nos relacionamentos, nas finanças, na saúde, na vida espiritual, por exemplo. Não podemos esquecer que o ser humano tem uma dimensão muito maior do que apenas a profissão e o trabalho.

RH - Qual foi a base que deu sustentação ao seu livro? Experiências próprias, casos observados ou um minucioso trabalho de pesquisa?

Ernesto Berg - Aconteceram as três modalidades. Quando trabalhei como executivo deparei-me com muitas circunstâncias adversas em função do tempo mal usado e mal distribuído. Comprei, então, um livro sobre administração do tempo que foi muito útil, para mim e a minha equipe, para a agilização e a otimização das atividades do departamento que eu chefiava. Depois, já como consultor, gerenciar o tempo foi de importância capital para que eu pudesse dar conta das muitas atividades envolvidas em consultoria, como reuniões, congressos, cursos, palestras, diagnósticos organizacionais, implantação de sistemas, além de muitas viagens e esperas prolongadas nos aeroportos. Por último, muito pesquisei, quando escrevi a obra, vendo muitos filmes e lendo uma grande quantidade de livros e artigos sobre o assunto para servir de embasamento metodológico a esse trabalho.

RH - Quais os grandes inimigos do tempo?

Ernesto Berg - Existem vários inimigos do tempo, mas, costumo dizer, que o maior inimigo do tempo é a nossa própria falta de autodisciplina. Achamos que ao adotar as técnicas e os processos de gerencia do tempo eles vão funcionar automaticamente. Não é assim. Depende essencialmente de cada pessoa colocar em prática seus preceitos diariamente e, só depois, certamente surgirá um grande número de benefícios. Entre os maiores inimigos do tempo estão também: a falta de uma visão estratégica do seu trabalho, a inexistência de agenda diária - que deve ser seguida à risca, a desorganização pessoal - e, muitas vezes, da própria empresa, constantes - e geralmente mal feitas - reuniões, falta de delegação, incapacidade de dizer não, a Internet - quando utilizada desordenadamente e, sobretudo, excesso de e-mails e de informações.

RH - E quais são os melhores aliados da gestão do tempo?

Ernesto Berg - Os melhores aliados são exatamente a antítese dos inimigos do tempo. Primeiro, devo estar imbuído de que vou me policiar e aplicar os instrumentos de gestão do tempo por, pelo menos, 30 dias. Depois desse período esse comportamento passa a incorporar minhas ações automaticamente. Em seguida, ter uma clara visão do que pretende extrair do seu trabalho e de sua profissão, ou seja, a visão e a estratégica, e direcionar suas ações para esses objetivos. Podemos citar ainda passar a utilizar necessariamente uma agenda diária, sempre priorizando as ações, das mais importantes - que devem ser executadas primeiramente - para as menos importantes. Aprender a delegar e a ensinar seu trabalho aos outros sempre que possível, otimizar reuniões, saber a hora de dizer "não" - quando o trabalho é excessivo, otimizar e racionalizar o uso dos e-mails e aprender a navegar na internet com propósito e tempo definidos.

RH - A gestão do tempo é semelhante no campo pessoal e profissional?

Ernesto Berg - Embora mais utilizados no campo profissional, os mesmos instrumentos e processos de gestão do tempo podem também ser empregados nas diferentes áreas da vida pessoal, como no relacionamento familiar, na saúde, nas finanças, na ajuda à comunidade, na vida espiritual. Por exemplo, uma pessoa que queira melhorar seu estado físico, a saúde, deve estabelecer um - ou vários -, planos de ação visando atingir melhor condicionamento corporal. Para isso, pode usar alguns dos instrumentos de gerência do tempo como, definir o que fazer, prioridades, prazos e ações para a obtenção do estado físico desejado. Conheço muitas pessoas que se servem das técnicas descritas em gerência do tempo em suas atividades pessoais, com pleno sucesso. Eu mesmo, além das atividades profissionais e pessoais, tenho um plano de ação claramente estabelecido para minha vida espiritual e que executo diariamente sob quaisquer circunstâncias, pois, para mim, tem prioridade sobre todas as outras atividades que exerço.

RH - A disciplina é indispensável para quem deseja administrar bem o tempo?

Ernesto Berg - A disciplina, como eu já havia mencionado anteriormente, é essencial, não só para administrar o tempo, como também em qualquer outra atividade em que se queira obter sucesso. O mundo em que vivemos está repleto de atrações e distrações, o que nos faz desviar constantemente dos objetivos prioritários previamente traçados. Cerca de 80% de tudo o que diariamente fazemos são basicamente picuinhas, que tomam tempo, exigem esforço. Entretanto, dão um retorno mínimo em termos de produtividade. Como consequência disso, à noite, quando pensamos sobre isso, ficamos frustrados e irritados com o baixo desempenho. Se focarmos as ações no que é essencial e prioritário, temos o sentimento de realização e de dever cumprido, não obstante realizarmos as "picuinhas" também. Só que essas atividades são encaixadas no seu devido lugar, porque se permitirmos, elas irão nos perseguir e ainda acampar ao nosso redor. As atividades prioritárias, de alto retorno, elas não se apresentam, é você que tem que identificá-las e executá-las. Isso exige disciplina e constância. Mas o ganho é fantástico, é só perguntar aos que fazem isso.

RH - Qual a primeira ação que uma pessoa deve ter ao sentir que o tempo "escorre pelas suas mãos"?

Ernesto Berg - A primeira ação é ter consciência de que o tempo está "escorrendo pelas suas mãos" e que isto o torna improdutivo e, talvez, infeliz. O próximo passo é fazer uso da visão estratégica - já mencionada, perguntando se é isso mesmo o que ele quer em termos profissionais ou pessoais. Uma vez encontrada a resposta, definir ações e prioridades e executar o plano traçado. Isto pode ser feito individualmente, ou com o auxílio de outra pessoa, embora esta não seja imprescindível. A maioria das pessoas com quem trabalho ou interajo, o faz individualmente. O essencial é conhecer e aplicar os instrumentos e técnicas de gestão do tempo, pois, sem eles, não terá base suficiente para agir e atingir resultados consistentemente.

RH - Que orientações o senhor pode deixar ao leitor do RH.com.br, para que aproveite melhor seu tempo e, consequentemente, a própria vida?

Ernesto Berg - Que procure ser produtivo, eficaz, motivado e realizado no trabalho, servindo até de exemplo aos colegas. Porém que não perca de vista de que o ser humano é algo muito mais complexo e profundo do que somente trabalho, correrias e atividades produtivas. Ele tem uma razão de ser - pois para isso foi criado por Deus. Por isso, procure encontrar e trabalhar na sua missão de vida - o que é sua prioridade número 1 - tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Tudo o mais é decorrência disso. Quando tiver atingido isto, não terá mais problema com o tempo ou sensação de vida desperdiçada, pois estará exercendo plenamente seu objetivo de vida, para aquilo que veio, de forma produtiva e realizadora.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como você quer ser reconhecido: "profissional talentoso" ou “carregador de piano”?

Por: Juca Palácios

Em nossas carreiras dificilmente seremos lembrados por fazer o “arroz com feijão”, ou seja, por entregar aquilo que se espera de nós. Mas, seremos sim lembrados pelas inovações e melhorias que realizamos e pelo quanto isso trouxe de benefícios às pessoas e à empresa

Hoje, devido à dinâmica competitiva e a globalização do mercado, podemos afirmar que a criatividade é vista pelas empresas como uma competência essencial para todos os funcionários. Por ser responsável pelos resultados de sua equipe, é fundamental que o líder desenvolva tanto a sua competência de criar e inovar quanto a de seus liderados, e, por fim, gerencie o processo criativo da equipe.

Algumas pessoas atribuem a criatividade simplesmente ao fato de gerar boas ideias. Na verdade, diversas vezes vemos dentro das empresas pessoas reclamando a autoria das ideias; "Pedro implementou este processo, mas eu já tinha pensado nisso, inclusive citei numa reunião de equipe há um ano atrás e ninguém me deu ouvidos..." Pensando em situações similares, quem foi criativo neste processo, quem teve a ideia ou quem a implementou?

Para responder, segue uma definição de criatividade que eu considero bem completa e prática: "A criatividade é a capacidade de transformar ideias em realidade, de forma que melhorem um processo, inovem um produto, divirtam alguém...enfim que tragam benefícios às pessoas, as empresa, a sociedade" (autor desconhecido).

Pensando neste prisma, a criatividade não é uma competência isolada que funciona independentemente das demais. Posso descrever pessoas criativas como sendo aquelas que desenvolvem tanto o pensamento lógico como o abstrato, são pessoas ousadas, que não têm medo de errar, que possuem flexibilidade conceitual e estão extremamente motivadas para usar a sua capacidade de influência para transformar os diversos "nãos" que escutam em "sins".

Para o líder, a questão fundamental é: como desenvolver a capacidade criativa na minha equipe?

O primeiro passo é verificar se, como líder, você não está bloqueando o processo criativo da sua equipe ou, até mesmo, permitindo que este processo seja bloqueado pela própria equipe. Um exemplo deste bloqueio ocorre em reuniões de "brainstorm", quando o líder ou membros da equipe reagem às ideias consideradas "tolas" com gracejos, desdém ou argumentos que deixem a pessoa constrangida.

Oras! Reuniões deste tipo deveriam focar na quantidade de ideias, na construção de ideias sobre ideias, para depois, em outro momento, realizar a análise crítica.

Se isso acontece quando as ideias deveriam ser livres e bem vindas, imaginem no dia a dia? O medo de uma crítica mina a capacidade criativa, afinal, ninguém quer parecer bobo perante o time.

Para quem tem este tipo de atitude é bom refletir que muitas vezes, enquanto a pessoa elabora e verbaliza a ideia, ainda não teve tempo de pensar em todas as implicações da mesma, afinal, é muita coisa para o cérebro fazer ao mesmo tempo. Por isso, é importante ter um momento no qual as ideias fluam livremente, sem críticas. A chance de, no meio destas, ter algumas boas ou mesmo geniais é muito maior do que se as pessoas ficarem com medo de serem criticadas e limitarem o fluxo de ideias.

Albert Einstein dizia: "Não existem ideias tolas, existem ideias mal compreendidas", se ele falou, quem sou eu para desdizer?

O segundo passo é a criação de um ambiente descontraído. Pensemos um instante: é mais fácil criar em um ambiente leve e amistoso ou em um ambiente pesado e antagônico?

Depois disso é preciso nivelar as informações da equipe, pois as pessoas só terão boas ideias sobre um assunto se tiverem acesso as informações suficientes para se sentirem envolvidos e, com isso, se motivarem a por em prática as mudanças.

Para finalizar, cabe analisar e selecionar as melhores ideias. Transformar tudo isso em um plano de ação com datas, responsáveis, recursos necessários e planos de contingência.

Quando criamos em equipe, o melhor processo é aquele que no fim ninguém sabe exatamente quem foi o dono da idéia e quem foi o responsável pela implementação. Todos de fato contribuíram.

Carregador de piano ou talento na empresa?

Por fim, gostaria de citar uma amiga, consultora de RH de uma multinacional, sobre o que significa hoje em dia ser um profissional talentoso. Creio que ela reflete bem a importância da criatividade em nossas carreiras.

Segundo ela, existem dois grupos de profissionais que as empresas querem manter. O primeiro corresponde aos que atingem e até superam as metas, os chamamos de "carregadores de piano". Eles são importantes e as empresas se esforçam para mantê-los.

O segundo grupo corresponde aos "talentos da empresa". São os que atingem ou superam as metas, ao mesmo tempo em que trazem inovação e mudanças. Estes profissionais são fundamentais à sobrevivência e ao crescimento da empresa, e estas farão de tudo para mantê-los. Na verdade, este é um grupo de profissionais que pode se dar ao luxo de escolher onde vão trabalhar.

A pergunta que eu deixo para vocês é: como vocês querem ser reconhecidos? Como profissionais talentosos ou carregadores de piano?

Em nossas carreiras dificilmente seremos lembrados por fazer o arroz com feijão, ou seja, por entregar aquilo que se espera de nós. Mas, seremos sim lembrados pelas inovações e melhorias que realizamos e pelo quanto isso trouxe de benefícios às pessoas e à empresa.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mito ou verdade: nome da universidade pesa no currículo?

Por: Fábio Bandeira de Mello

Muito se fala sobre o peso do “nome da universidade” no currículo dos profissionais. Mas até onde esta história é verdadeira? Tire suas dúvidas aqui.

É muito provável que você já tenha escutado que aqueles que estudam em renomadas instituições de ensino superior terão mais facilidade de conseguir um emprego do que aqueles que estudam em instituições menos conceituadas. Mas será que isso é verdade? Até que ponto o nome da intituição de ensino influência a escolha dos recrutadores em uma entrevista?

Entrar e concluir uma instituição de ensino superior no Brasil, de fato, não é tarefa para todos. Segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 8% da população brasileira possuem esse diploma acadêmico. Mas quando se trata das universidades mais conceituadas, esse número de pessoas que conseguem o diploma é ainda menor.

A coach Reginah Araújo, da Escola de Executivos e Negócios Master Mind, revela que o nome da universidade influência sim e, em determinados casos, é determinante na decisão dos recrutadores em uma entrevista de emprego. "Existem universidades que são realmente referência em algumas áreas e aí, o diploma de uma dessas renomadas universidades faz a diferença na análise do currículo".

Para os olhos do mundo corporativo, o aluno de uma boa faculdade já foi aprovado duas vezes: uma quando passou no vestibular e outra quando se formou, já que o grau de exigência nestas instituições costuma ser bem maior.

Quando se trata de candidatos para estágio, trainee ou recém formados que, geralmente, não possuem ainda uma grande bagagem profissional, o peso dessa escolha é mais acentuado. Claudia Monari, consultora da Career Center, consultoria especializada em gestão estratégica de carreiras e recursos humanos revela que "muitas empresas fazem seus processos seletivos para programas de estágio e trainee e já na pré-seleção definem de quais universidades devem vir os candidatos, antes mesmo de chamá-los para uma entrevista."

Mas afinal, como saber se uma universidade é bem conceituada? Uma dessa forma é conferir a avaliação do MEC (Ministério da Educação) sobre a instituição. Para isso existe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Além disso, é possível encontrar ajuda em revistas e jornais que produzem rankings de qualidade e contato com pessoas que já passaram pelas instituições.

"Nome de universidade" - diferencial até quando?

Mas quem acha que apenas estudar em uma universidade renomada terá sempre um diferencial para concorrer no mercado está profundamente enganado. Especialistas em recursos humanos entrevistados pelo Portal Administradores são unânimes em dizer que a experiência profissional anterior conta mais na hora da escolha dos candidatos.

A consultora Claudia Monari analisa como importante o conceito da universidade na decisão dos recrutadores, mas faz uma ressalva sobre o tema. "Existe a possibilidade do candidato ser escolhido por conta da universidade que fez, porém quanto mais maduro, ou seja, quanto maior a maturidade do candidato, o fator universitário vai ficando mais distante, dando espaço para experiência, que conta muito mais." Para Cláudia Monari "nada substitui a prática do dia a dia e o perfil de competências que o profissional adquire com a maturidade".

Teresa Gama, diretora e consulta do Projeto RH, empresa especializada em recrutamento e gestão pessoal, compartilha da mesma opinião. Para ela "quando a vaga requer uma experiência específica, uma maturidade profissional, o que geralmente pesa mais é a bagagem do candidato e o seu perfil. E, não apenas isso, mas também se ele buscou ampliar seus conhecimentos, teve experiências, mesmo que com projetos que possam ter propiciado uma visão crítica, analítica, postura empreendedora etc.

Outros diferencias

Na busca de um "lugar ao sol" no mercado, outro fator que colabora na conquista para uma vaga é o constante aprimoramento. Para isso, aquele que busca manter-se atualizado através de, por exemplo, cursos, palestras, intercâmbio, leituras ou um novo idioma, é um profissional mais valorizado no mercado. "A pessoa também pode fazer uma pós-graduação boa e isso também dá um peso maior à sua formação", acrescenta a diretora do Projeto RH, Teresa Gama.

Teresa salienta que "a formação é apenas um dos itens avaliados em um processo seletivo. O perfil e as competências que a posição requer têm um peso muito grande na decisão sobre a contratação. O mercado muda muito e requer um profissional atualizado e com as tendências que o cargo exige".

Mas para aqueles que ainda não possuem um currículo diferenciado e querem conquistar uma oportunidade, a especialista Reginah Araújo revela uma dica. "Quando o candidato não possui um belo currículo deve possuir um ótimo desempenho na entrevista com um bom marketing pessoal e surpreender o entrevistador".

Por tanto, independente se você possui um bom currículo ou um ainda não tão bom assim, demonstrar sempre determinação, vontade e personalidade nas tarefas exigidas são trunfos para te ajudar a ter mais sucesso no futuro e no presente da sua carreira.

domingo, 6 de junho de 2010

Você tem o costume de dizer “amanhã eu faço”?

Por Pedro H.G. Lima & Luís C. Fernandes
http://nucleopsicologia.blogspot.com/

Veja as implicações das pessoas que sempre deixam as tarefas para a última hora ou para o dia seguinte.

Adiar a realização de uma tarefa é algo comum na vida das pessoas, para exemplificar esta questão basta responder a uma pergunta simples: quem nunca adiou o preenchimento da declaração de imposto de renda?

Embora pareça um traço da nossa cultura, deixar para amanhã não é uma exclusividade dos brasileiros, mas sim uma característica do ser humano que pode ser potencializada ou atenuada por fatores culturais e/ou educacionais.

Poucas pessoas podem dizer que nunca deixaram para depois alguma tarefa particularmente onerosa, seja física ou psíquica, mesmo tendo tempo de sobra para realizá-la.

Procrastinação é o adiamento de uma ação. É o deixar para outro dia ou para um tempo futuro. Os motivos desse adiamento podem ser justificados de diversas formas, como medo do fracasso, mentalidade autodestrutiva, perfeccionismo, etc. Até certo ponto, procrastinar pode ser considerado normal, mas exige uma atenção especial quando se torna crônico, pois pode ser sinal de alguma desordem psicológica ou fisiológica.

Existem dois tipos de procrastinadores, os relaxados e os tensos.

No grupo dos relaxados a questão é vista como uma situação que causaria desprazer. O indivíduo, diante da necessidade de realizar uma tarefa no momento em que esta é exigida, busca atividades mais prazerosas. Na pratica, acaba deixando de lado tarefas importantes para buscar um prazer (muitas vezes fugaz) para tentar fugir da realidade.

Quanto ao grupo dos tensos a procrastinação surge como uma ferramenta de relaxamento, porém pouco eficaz. Por regra, frente a uma atividade percebida como geradora de pressão, releva sua importância e adia sua realização e, conseqüentemente, seu peso para o dia seguinte.

A compreensão básica (ou desculpa) por trás da dinâmica é que adiando a realização é possível descansar e no dia seguinte estar mais relaxado e disposto para enfrentar o desafio. Acontece que no dia seguinte a história se repete deixando o prazo da conclusão da atividade cada vez mais curto. O circulo vicioso que se forma aumenta o estresse além dos sentimentos de ansiedade e frustração.

Estabelecido o ciclo, o que se encontra é uma sucessão de atrasos, perdas de prazos e fracassos, enquanto desejos, objetivos e até mesmo sonhos pessoais são deixados de lado, amontoados em uma pilha sob a etiqueta "amanhã eu faço".

Imaginar a quantidade de atividades e atitudes que acabamos deixando para amanhã durante os anos da nossa existência, dá uma noção do prejuízo que acumulamos.

Apenas para refletir melhor sobre a dimensão que o procrastinar pode adquirir, quando deixamos de olhar apenas para as tarefas e nos voltamos às pessoas, podemos também contabilizar o que deixamos de oferecer.

Por fim é preciso deixar claro que não é sensato confundir procrastinação (o adiar da realização) com preguiça. Esta pode ser interpretada também como aversão ao trabalho, negligência, indolência, morosidade, lentidão ou moleza. Um conceito bem diferente.

Mas nem tudo está perdido. Compreender melhor como reagimos aos desafios e, principalmente, agir de uma forma diferente quando eles se apresentam pode fazer a diferença.

Este simples texto começou a ser escrito a cerca de três semanas e concluído em menos de uma hora, quando percebemos que não havia absolutamente nada de desagradável em escrevê-lo. Realmente não faz sentido adiar uma tarefa, um abraço, uma desculpa ou um simples "eu te amo".