domingo, 13 de setembro de 2009

Guerra dos sexos

Por Fábio Bandeira de Mello – Portal Administradores

Está cada vez mais comum homens e mulheres concorrerem aos mesmos cargos nas empresas. O contínuo crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. A mulher contemporânea estabelece outras prioridades em sua vida, fruto, principalmente, do avanço da industrialização, que transformou a estrutura produtiva, provocando a diminuição da taxa de fecundidade, mudanças de mentalidade e valores, entre outros impactos na esfera social.

Isso proporcionou um aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho. Entretanto, mesmo com o expressivo crescimento da mulher no mercado, para não usar “mercado de trabalho”, ainda não foram superados todos os obstáculos de acesso aos cargos de chefia, e tampouco as diferenças salariais com relação aos homens. De acordo com Rhandy Di Stefano, diretor da ICI (Integrated Coaching Institute), especialista em coaching, devido a fatores sociais, as mulheres esperam que seu trabalho seja reconhecido e acreditam que seu desempenho e suas competências falarão por elas, enquanto que os homens buscam demonstrar a importância do que fazem. “Na vida real, o chefe muitas vezes está tão atolado de responsabilidades que não tem tempo para ver o bom trabalho das mulheres, a não ser que alguém o mostre para ele.

Assim, muitas mulheres perdem a promoção que gostariam e se sentem injustiçadas. Isso se deve a crenças antigas no paternalismo da sociedade e deveria exigir das mulheres uma postura mais pró-ativa quando o assunto é mostrar os resultados de seu trabalho”, explica o especialista.

Autor de vários livros sobre coaching, Di Stefano acredita que as mulheres, devido a tradições sociais, são preparadas desde cedo para gerenciar o ambiente familiar, uma habilidade que estão transferindo para o mercado com relativo sucesso.No entanto, Di Stéfano alerta que essa mesma habilidade de lidar com pessoas e relacionamentos acaba levando muitas mulheres a supervalorizar o lado pessoal: “Muitos empregados acreditam que, por terem mulheres como chefes, terão um tratamento mais maternal, o que provoca rebeldia quando percebem que a chefe mulher os trata com a mesma firmeza que o chefe homem.

O homem, quando é firme, é elogiado. A mulher, quando é firme, é chamada de agressiva. Assim, ela vai ter que fazer um forte trabalho interno para limpar, dentro de si mesma, a sua idéia de seu papel como executiva, e saber lidar com as críticas externas, para não se deixar manipular.

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